Senadores querem discutir viabilidade de seguro para atletas

 Representantes de seguradoras serão convocados para participar de audiência pública para discutir a viabilidade de seguro englobando riscos de jogadores e treinadores de futebol em competições oficiais. A ideia de convocá-los, em data a ser definida, foi sugerida pela senadora Ana Amélia (P-RS), motivada pelo impasse ocorrido no encontro com representantes dos clubes de futebol, ocorrido nesta quarta-feira. Tudo porque dirigentes dos clubes alegam que há dificuldades de contratar coberturas no País, fato negado pelo senador Zezé Perrella (PDT-MG) e autor da proposta.

Segundo ele, além do artigo 45 da Lei Pelé (Lei 9.615/98) já exigir a contratação de seguro, seu projeto apenas obriga a CBF a exigir uma comprovação para que os segurados possam disputar uma competição.

Ex-presidente do Cruzeiro, o senador lembrou que seu clube já sentiu os efeitos de não dispor de seguro para seus jogadores. Nesse sentido, contou o caso de um goleiro que jogou sete anos pelo time mineiro, machucou-se, ficou um ano parado recebendo salário e, depois, processou e venceu a ação contra o Cruzeiro por não ter seguro, no valor de R$ 2 milhões.

– Não estou inventando a roda, a Lei Pelé já obriga. Meu projeto é apenas para que a CBF, na hora de registrar o contrato exija comprovante dos clubes. Quero que a CBF ajude os clubes a cumprirem a lei. Se a Lei Pelé não obrigasse, este meu projeto nem existiria – disse, segundo reportagem da Agência Senado.

Segundo a Agência Senado, o senador garantiu que já existem no Brasil empresas que oferecem apólices para jogadores e atletas. Segundo ele, a contratação do serviço custaria cerca de 10% a mais na folha dos times, mas evitaria prejuízos com ações judiciais posteriores.

Inicialmente disposto a emitir parecer favorável à proposta, o relator do projeto, senador Aníbal Diniz (PT-AC), admitiu que, diante do exposto pelos convidados dos clubes, vai estudar melhor a matéria. “As audiências públicas ajudam muito para tomarmos uma decisão. Não podemos fazer uma lei para inglês ver. Tem que ter garantia de aplicabilidade – disse.

Fonte: CNseg