Mercado projeta PIB menor e inflação em aceleração

Pela sétima semana seguida, o mercado financeiro mantém o viés de baixa para o crescimento econômico. Após a estimativa de 2,46%, divulgada na semana passada, analistas agora acreditam que a economia fechará o ano em 2,4%. Para 2014, também houve redução, pela segunda semana consecutiva, de 3,1% para 3%. A taxa de crescimento do mercado permanece abaixo da desaceleração esperada pelo Banco Central, que na semana passada, reduziu o PIB deste ano de 3,1% para 2,7%.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, a estimativa foi mais uma vez elevada, agora de 5,86% para 5,87% neste ano. Para 2014, a previsão avançou de 5,80% para 5,88%. Ou seja, o mercado financeiro mantém a aposta de que a inflação neste ano vai superar a taxa de 2012, de 5,84%.

O PIB menor tem relação direta com a estimativa de expansão da produção industrial, que recuou de 2,56% para 2,49%, este ano, e de 3,1% para 3,2%, em 2014. Sobre a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a taxa permanece em 35% tanto para este ano quanto para 2014.

Já a previsão do dólar comercial continua sendo revista para mais: de R$ 2,13 para 2,15, este ano, ao passo que, ao fim de 2014, deve fechar em R$ 2,20. A previsão das instituições financeiras para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) baixou de US$ 6,5 bilhões para US$ 6 bilhões, este ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 7,35 bilhões, em 2014.

No caso do déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 73,76 bilhões para US$ 74,50 bilhões, este ano, e de US$ 79 bilhões para US$ 79,75 bilhões, em 2014.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) continua em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.

Fonte: CNseg