Equipar automóvel com ar-condicionado dá mais conforto, mas consumidor deve avaliar o custo. Optar por uma versão mais equipada na hora da compra do carro novo é garantia de mais conforto e segurança, mas o consumidor deve estar preparado para desembolsar muito mais dinheiro. A decisão de incrementar o veículo com itens adicionais até certo ponto comuns, como direção hidráulica e ar-condicionado, pode aumentar o preço do automóvel em até 33% quando comparado ao custo das versões básicas. Comprar o modelo básico significa uma economia de 25%.

Considerando a diferença, o interessado no carro tem de ficar atento e avaliar os prós e contras da compra, levando em conta não apenas o conforto de uma versão mais sofisticada. É preciso analisar também o uso que pretende fazer do veículo e a disponibilidade de arcar com o custo, além, é claro, da manutenção desses equipamentos. "É importante que o consumidor compre um carro adequado ao que ele espera do modelo", diz Vitor Meizikas, diretor da consultoria para carros Molicar.

Segundo ele, itens de segurança como freios ABS e air bags ainda são vistos pelas montadoras que atuam no Brasil como luxos, o que já não acontece nos Estados Unidos e países europeus. O resultado é que tais adicionais ajudam a encarecer o carro. O sistema de frenagem mais sofisticado e os air bags elevam o preço das versões mais simples em valores que vão de R$ 1.191 a R$ 2,3 mil.

O custo é ainda maior no caso do ar-condicionado, cujo preço pode chegar a R$ 2,9 mil. A direção hidráulica, presente hoje em diversas versões de carros, sai por valores que vão de R$ 1.041 a R$ 2.815

Preços

O Palio Fire Economy com motor 1.0, por exemplo, custa, no site da Fiat, R$ 24.270 na versão duas portas sem opcionais. O preço pode subir 33,54% e bater nos R$ 32.411 se o cliente optar pela versão quatro portas e incluir ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS, air bag duplo e pintura metálica. O aumento é semelhante ao do Novo Gol 1.0, cuja versão básica sai por R$ 27.920, com duas portas. Com opcionais, vai para R$ 36.603, uma diferença de 31,09% a mais. "Há itens que já deveriam estar integrados ao preço do carro. Enquanto isso não acontece, cabe ao consumidor ficar atento para o que é necessário", afirmou Meizikas.

Fonte: Diário de São Paulo