Rossi aponta seguros pessoais como ramo mais promissor de expansão
O presidente da CNSeg, Marco Antonio Rossi, reafirmou que o panorama do mercado segurador – que já corresponde a 5,8% do PIB brasileiro – é cada vez mais favorável, apontando os seguros pessoais como o ramo mais promissor de crescimento nos próximos anos.
Para provar isto, ele comparou dados de 2003, quando a receita acumulada foi de R$ 73 bilhões, com 2012 (último ano consolidado até agora), que contabiliza R$ 253 bilhões de arrecadação entre prêmios e contribuições. Desse valor, R$ 149,1 bilhões foram devolvidos à sociedade por meio de indenizações, resgates, benefícios e sorteios.
A convite do CVG-RJ, Rossi participou do almoço-palestra promovido pela entidade, avaliando “Perspectivas e oportunidades do mercado segurador frente aos novos consumidores”.
Na palestra, Rossi disse que a boa fase do mercado de seguros se deve especialmente às mudanças socioeconômicas, que aumentam o poder de compra da nova classe média– hoje estimada em aproximadamente 108 milhões de brasileiros, ou 54% da população.
Fatores como a ampliação do crédito, o aumento do emprego com carteira assinada e a elevação do rendimento dos brasileiros têm interferido proporcionalmente no aumento da venda de seguros pessoais, segundo ele. “Diante do cenário em que vivemos, de aumento do poder aquisitivo das pessoas, eu afirmo que o potencial de seguros é gigantesco. Todo mundo sonha com a casa própria, um automóvel e seguros que protejam a si, a sua família e o seu patrimônio”, justifica Rossi.
Ele acrescenta ainda que essa meta de aquisição de um seguro já alcança a classe C. “Nos últimos anos, a renda nas periferias avançou mais que a média nacional. Hoje, 53% dos moradores de favela em todo País são bancarizados, possuem conta corrente, poupança ou os dois. É para esse público que as seguradoras devem falar agora porque é aí que estão as melhores oportunidades”.
Depois de identificar quem são esses novos consumidores, o presidente da CNSeg avaliou os desafios de se comunicar com esse público. Para Rossi, o grande segredo do negócio está no entendimento das seguradoras de que precisam se adaptar a esses novos tempos. “Independentemente da classe social, as pessoas têm acesso cada vez mais facilitado à informação por meio de inúmeras plataformas de comunicação. Portanto, a forma como se contrata um seguro hoje e as expectativas dos contratantes não são mais as mesmas de décadas atrás. É preciso entender como elas funcionam agora”, explica.
O executivo encerrou a palestra afirmando que o cenário é de alta rentabilidade para todos os setores de seguros, devido ao mercado muito vasto ainda a explorar e finalizou: “País rico é país que tem seguro”.
O encerramento do discurso de Marco Antonio Rossi foi marcado com a entrega de uma placa em agradecimento a participação do executivo no almoço-palestra promovido pela diretoria do Clube Vida em Grupo. “É uma honra para nós e para o CVG-RJ prestar essa homenagem a uma personalidade tão importante no mercado de seguros brasileiro”, afirmou o presidente do Clube, Marcello Hollanda.
Fonte: CNseg