Debate sobre matriz de materialidade atrai executivos para encontro em SP
Adriana Boscov detalha objetivos da construção da matriz da materialidade do setor de seguros
A primeira reunião com executivos do setor para tratar da construção da matriz de materialidade do mercado segurador superou as expectativas dos organizadores, atraindo mais de 60 participantes ao encontro promovido pela CNseg, nesta quinta-feira, em São Paulo. Entre os presentes, profissionais das mais diversas áreas de 36 grupos seguradores e quatro resseguradores, além de representantes das Federações associadas à CNseg (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap). Na abertura do encontro, Maria Elena Bidino, superintendente de Relações com o Mercado da CNseg, elogiou a mobilização do mercado para discutir o tema, lembrando que, mundialmente, a indústria de seguros, principalmente as resseguradoras, já promovem estudos para identificar riscos emergentes e traçar estratégias para gerenciá-los, gerando benefícios para toda sociedade.
Mostrando-se ávidos em contribuir com a construção da matriz de materialidade e da elaboração de um plano de engajamento do mercado segurador com seus stakeholders, os executivos de seguros gerais, previdência privada aberta e vida, capitalização e saúde suplementar listaram os temas ambientais, sociais e de governança (ASG) mais relevantes e estratégicos para os respectivos setores.
A sigla ASG abriga uma diversidade de temas, como, por exemplo, mudanças climáticas, envelhecimento da população, risco regulatório, inclusão financeira e compliance, explicou a presidente da Comissão de Sustentabilidade da CNseg, Adriana Boscov, destacando que os chamados riscos intangíveis afetam as seguradoras, geram perdas patrimoniais e financeiras e precisam ser incluídos no modelo de negócios, em busca do crescimento sustentável.
Os dados coletados nesta primeira sondagem não são conclusivos, já que, além de um segundo encontro com outro grupo de executivos de seguros, previdência, saúde suplementar e capitalização, desta vez no Rio de Janeiro, ainda este mês, haverá consultas a diversos stakeholders, como prestadores de serviços, acionistas, entidades setoriais, governo, especialistas, mídia, para receber suas contribuições para a construção da matriz, informou a consultora Maria Eugeia Buasi, da Resultante Consultoria Estratégica.
Cumprida esta etapa de encontros, haverá a seleção dos temas-chave de um esboço de matriz, cujo projeto será submetido à audiência pública antes da formatação final. Depois, ocorrerá a elaboração do plano de ação, sua apresentação e validação pelo mercado. A previsão é que o plano comece a ser adotado no segundo semestre do ano.
A matriz de materialidade servirá para mitigar riscos, identificar novas oportunidades de negócios, aperfeiçoar o compliance, devendo este conjunto de ações impulsionar grandes práticas sustentáveis, com benefícios diretos e indiretos para toda a sociedade.
Fonte: CNseg