Depois das instituições financeiras locais, agora é a vez da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prever forte desaceleração da economia brasileira. Para a OCDE, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) alcançará apenas 0,3% este ano - antes era de 1,8%- e de 1,4% em 2015, contra 2,2% esperados anteriormente.

Nesta segunda-feira, a pesquisa Focus, consulta do Banco Central a instituições financeiras, projeta crescimento de apenas 0,33% da economia neste ano, a projeção era de 0,48% na semana passada. A redução na estimativa do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, repete-se por 16 semanas consecutivas.

Para 2015, a projeção do mercado brasileiro ainda é menor, ao baixar de 1,1% para 1,04%. No caso da produção industrial, a estimativa do mercado teve mais uma redução, caindo a 1,98% neste ano, mas com recuperação em 2015- a projeção de expansão é 1,5%. Para o mercado, a estimativa é de que, no caso da inflação oficial, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche em 6,29% este ano e em 2015. Ou seja, a inflação ficará acima do centro da meta (4,5%), mas um pouco abaixo do limite superior (6,5%). Em relação aos juros básicos da economia, o mercado manteve a projeção de que a Selic feche no atual patamar de 11% ao ano.

Para o final de 2015, a projeção passou de 11,63% para 11,5% ao ano. Já a estimativa do dólar foi ajustada de R$ 2,33 para R$ 2,30 ao final deste ano, e de R$ 2,49 para R$ 2,45, em 2015.

Além do Brasil, a OCDE revisou suas projeções de crescimento para as principais economias do mundo. Na Zona do Euro, a taxa esperada é de apenas 0,8% neste ano, e de 1,1% em 2015. Anteriormente, a taxa projetada era de, respectivamente, 1,2% e de 1,7%.

Fonte: CNseg