Segurança e prevenção na bagagem

O acidente do catarinense Taynã Duarte durante uma viagem de motocicleta ao Chile reforça a importância de contratar um seguro, principalmente quando o destino for outros países. A despesa médica do jovem foi de R$ 77,5 mil, incluindo gastos com avião-ambulância, dárias e deslocamento para hospitais chilenos. Segundo a família de Taynã, ele adquiriu apenas a Carta Verde, seguro obrigatório no Mercosul que engloba apenas danos a terceiros.

Carlos Hoss, diretor de produtos da Travelmate Intercâmbio e Turismo, explica que além de assistência médica e odontológica de emergência, os planos geralmente oferecem indenização em caso de perca de bagagem, repatriação funerária e traslado do passageiro para prosseguir o tratamento em seu país de origem – serviços que poupariam recursos e tempo no caso do jovem de SC.

- O custo diário para o passageiro adquirir um plano de assistência-viagem é muito baixo, analisando o que ele pode gastar casa não o tenha. Com menos de R$ 20 por dia, você contrata um plano com boa cobertura. A ideia é comprar para não usar, mas se precisar estará prevenido – diz.

Atenção às coberturas

Hoss afirma que antes de contratar algum serviço é importante analisar o destino  e as coberturas. Para viagens a países da América do Norte e Europa, o aconselhável são planos com coberturas de US$ 50 mil ou mais. Para viagens a países da América do Sul, esse valor pode ser menos, pois os custos dos procedimentos nessa região também são menores.

Debora Souza, gerente da Intercultural, lembra que é obrigatório o seguro-viagem em países que assinaram o Tratado de Schengen, na Europa. Quem participa de programas de trabalho no exterior ou vai estudar também necessita da assistência.

Cada plano tem suas particularidades, mas todos têm algo em comum: não cobrem doenças preexistentes.

Fique por dentro

Cobertura do serviço
Atendimento médico e odontológico, interrupção e cancelamento de viagem, acidentes pessoais, morte acidental, invalidez permanente parcial ou total por acidente e extravio de bagagens.

Saúde no exterior
Assistência médica fora do país costuma ser muito cara. Por exemplo: nos Estados Unidos, existem caos de hospitais que cobram diárias de cerca de US$ 2 mil em internações.

Opções no mercado
As agências de turismo, intercâmbio e viagens oferecem os planos, além de seguradoras. Fique atento, pois há seguros que apenas cobrem extravio de bagagem, por exemplo.

Extravio de bagagem
Após o embarque, a bagagem é responsabilidade da empresa área e o viajante ode processá-la por danos morais em caso de extravio. O seguro viagem é útil neste caso porque ajuda a acelerar o processo de indenização.

Seguro obrigatório
Na Europa, os países que integram o Tratado de Chengen exigem seguro viagem que cubra pelo menos 30 mil euros para despesa médicas. São estes: Reino Unido, França, Irlanda, Alemanha, Espanha, Portugal, Grécia, Noruega, Holanda, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Polônia, República Tcheca e Suécia. Cuba também exige seguro, enquanto a Austrália requer seguro-saúde específico chamado Overseas Students Health Cover. Na Venezuela é exigida a cobertura mínima de US$ 40 mil para assistência médica e repatriação médica e funerária.

Acidentes esportivos
É preciso considerar o tipo de viagem antes de fechar contrato. Se a viagem envolver esportes radicais é essencial contratar seguro específico. Deve-se também considerar se o destino é um país em situação de risco. Para alguns destinos na África, por exemplo, é necessário tomar vacinas antes de embarcar.

Custo dos planos
Os valores variam bastante. Porém, considerando um período de sete dias, o seguro com cobertura total de US$ 50 mil custa em média R$ 130. Para coberturas de até US$ 1 milhão custa em torno de R$ 225.

Fique ligado
Se você for viajar para Cabo Verde, Itália e Portugal, há um acordo que prevê assistência média da rede pública desses países aos segurados do INSS em viagem. Para ter o benefício, o viajante deve requerer um Certificado de Direito a Assistência Médica no Exterior (CDAM) na sede do Ministério da Saúde no Estado. Em Santa Catarina, fica na Praça Pereira Oliveira, 35, no centro de Florianópolis. O serviço é gratuito e o CDAM tem validade de um ano, mas pode ser emitido quantas vezes forem necessárias.

Fonte: Jornal de Santa Catarina | Seguralta, Intercultural e Ministério da Saúde