Mercado prevê IPCA em 7,01% no ano

A previsão de investidores e de analistas do mercado financeiro é de que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) supere, com folgas, o teto da meta fixada pelo governo. Para o mercado, a inflação fechará o ano em 7,01%- o teto da meta é 6,5%. Já a projeção de crescimento da economia teve mais revisão para menos, recuando de 0,13% para 0,03% do PIB. Esta foi a quinta semana consecutiva de recuo da estimativa.

No boletim Focus, divulgado hoje (2) pelo Banco Central (BC), o mercado financeiro elevou, mais uma vez, a estimativa para os preços administrados, que sofrem algum tipo de influência do governo. De 8,7%, a projeção passou para 9%.

No caso da taxa básica de juros, a Selic, a previsão é de que fique em 12,5% ao ano. Na reunião deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,75% para 12,25% ao ano.

No dólar comercial, a taxa projetada permanece em R$ 2,80. Já a estimativa da dívida líquida do setor público ficou em 37% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), e o déficit em conta-corrente projetado, que mede a qualidade das contas externas, continua em US$ 78 bilhões no ano.

Houve alguma melhora no saldo projetado para a balança comercial, antes reduzido para US$ 4,5 bilhões e agora de volta ao patamar de US$ 5 bilhões. Por sua vez, os investimentos estrangeiros estimados passaram de US$ 60 bilhões para US$ 59,2 bilhões. No caso da produção industrial, a estimativa é de que caia de 0,69% para 0,5%.

Fonte: CNseg