Riscos e seguros ambientais foram tema de seminário

O deputado estadual Carlos Minc ministrou a palestra de abertura do seminário “Riscos e Seguros Ambientais”, promovido pela Escola Nacional de Seguros, no dia 27 de abril, no Rio de Janeiro (RJ). O parlamentar discorreu sobre a evolução da participação do Estado e da iniciativa privada nas ações de prevenção e redução de atividades poluidoras.
 
Segundo Minc, ações que têm impacto financeiro costumam ser mais eficazes para convencer empresas a adotar modelos de produção mais sustentáveis. Exemplo disso foi a intervenção junto ao setor naval durante o período em que ele esteve à frente da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, quando cresceu o número de denúncias de operários com silicose.
 
“Naquela época era comum jatear os cascos dos navios com areia para prepará-los para pintura. Essa areia acabava se fragmentando em cristais de sílica, que eram inalados pelos operários. Foi preciso aprovar lei que proibisse tal atividade, fiscalizar os estaleiros para que as empresas cumprissem a lei e conceder incentivo fiscal para importação de tecnologia alternativa”, disse.
 
Outro exemplo dado por Minc foi o da suspensão de créditos do BNDES para uma indústria, com base em laudos científicos que atestaram nexo causal entre atividade poluidora e deformidade em peixes do rio Paraíba do Sul. “Obrigamos a companhia a adotar 120 medidas de ajuste no prazo de cinco anos e já foram executadas 85% delas”, lembrou.

Mercado de seguros comprometido com a sustentabilidade

O parlamentar também citou as ações empreendidas quando esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, principalmente para reduzir o desmatamento da Amazônia. “Não bastava repressão, era preciso negociar pelas vias econômicas”, afirmou. Com isso, houve redução da devastação do bioma para plantação de soja e da extração ilegal de madeira.
 
Carlos Minc destacou, ainda, a importância do comprometimento do mercado de seguros com os Princípios da Sustentabilidade em Seguros. “Para as seguradoras, é uma forma de se certificar que os segurados reduzam o risco e, para os ambientalistas, é um fator aliado para obrigar empresas potencialmente poluidoras a cumprir com as condicionantes ambientais”, explicou.
 
O evento também contou com palestras apresentadas por Marco Antônio Ferreira, diretor da Sustenseg, Fábio Barreto, subscritor da Chubb Seguros, Nathália Gallinari, gerente da AIG Seguros, Claudia Santos, consultora da HDI Seguros, Vanessa Parussolo, gestora da Suatrans-Cotec, Eliane Poveda, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luís Alberto Pestana, diretor da Fator Seguros, e Walter Polido, sócio da  Polido e Carvalho Consultoria e coordenador técnico do seminário.
 
Prestigiaram o encontro o diretor executivo do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Sindseg-RJ/ES), Ronaldo Vilela; pela Escola, o diretor executivo, Renato Campos, a diretora de Ensino Técnico, Maria Helena Monteiro, o diretor de Ensino Superior, Mario Pinto, e o coordenador da Graduação em Administração e Seguros, José Varanda, e os professores Marcio Luis Cunha Barbara e Sergio Ricardo de Magalhães Souza.

Fonte: Escola Nacional de Seguros