Taxa de desocupação recua no trimestre encerrado em agosto

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE, constata que recuou a taxa de desocupação no trimestre junho-julho-agosto (12,6%) frente ao trimestre março-abril-maio (13,3%). Um ano antes, no mesmo período, a taxa do trimestre era de 11,8%.

Além da taxa ainda mais elevada no comparativo anual, o fato de mais da metade do aumento (de 1,4 milhão de pessoas ocupadas, no trimestre encerrado em agosto) ser decorrente da oferta em categorias da ocupação informal (empregado sem carteira assinada e conta-própria) é uma sinalização ainda de fragilidade no campo do emprego.

Neste trimestre, o aumento dos trabalhadores por conta própria foi de 2,1%, com mais 472 mil pessoas, atingindo 22,8 milhões de pessoas nessa categoria. Ao passo que houve crescimento de 286 mil pessoas sem carteira assinada, com um total de 10,8 milhões de ocupados sem carteira no País.

Faz parte do jogo. Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, após crises econômicas, o primeiro passo da recuperação de vagas se dá mesmo por meio da informalidade. A melhoria no mercado de trabalho “tira da fila da desocupação 658 mil pessoas, uma queda significativa de 4,8% no trimestre terminado em agosto frente ao anterior”. Na comparação ao trimestre junho-julho-agosto de 2016, o aumento da ocupação foi de 1,4 milhão de pessoas.

A Indústria Geral (1,9% ou mais 227 mil pessoas), Construção (2,9% ou mais 191 mil pessoas), e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,7% ou mais 414 mil pessoas) são as atividades que puxaram a reação no trimestre.

Fonte: CNseg