Riscos Cibernéticos e o futuro do seguro na era digital

Assunto mais do que pertinente e que tem sido muito comentado por conta da pandemia, uma vez que praticamente todas as operações das empresas passaram a ser virtuais, riscos cibernéticos foi o tema central da última live da ENS, realizada na quarta-feira, 7 de outubro. O encontro, transmitido pelo canal do YouTube, teve como convidado o professor Claudio Macedo, que interagiu com o gerente Regional São Paulo da ENS, Ronny Martins.

Especialista em Gerenciamento de Riscos Cibernéticos, Claudio Macedo atua no mercado de seguros desde 1987, com passagem por grandes seguradoras, no Brasil e no exterior. Fundador da Clamape Seguros Cibernéticos, ele afirmou, ao longo do bate-papo, que a pandemia veio mostrar que este tipo de risco é para todos.

“Costumo dizer que o risco cibernético atinge da padaria à Petrobras, não é só para as grandes empresas. Qualquer companhia, seja ela micro ou de grande porte, está sujeita a sofrer um ataque cibernético. Muitas vezes não é nem um ataque cibernético propriamente dito, mas uma falha no sistema que pode causar um problema cibernético. Quando a gente imagina risco cibernético não pode pensar apenas no ataque, há também problemas de tecnologia, algumas situações que podem vir a ocorrer e causar um problema digital”, explicou.

Macedo comentou que risco cibernético para uma empresa se configura como o risco do negócio propriamente dito, pois o ataque cibernético é algo muito amplo. “Eu diria que o risco cibernético é o risco do negócio e, dependendo de qual seja a natureza dele, é o maior risco. Um exemplo disso é um caso muito emblemático que ocorreu com a gigante Target, dos Estados Unidos, mais ou menos em 2014/2015, quando vazaram dados dos cartões de crédito de cerca de 47 milhões de clientes. Como aconteceu isso? Um prestador de serviços de manutenção de ar condicionado entrou com o notebook na loja, plugou no wi fi da empresa, e um hacker que estava conectado ao computador dele entrou no sistema da Target e causou um prejuízo que, segundo notícias, chegou à casa de 1 bilhão de dólares”, contou.

Seguro cibernético é um ramo do futuro

O professor disse ainda que o seguro cibernético é um ramo do futuro. Por se tratar de um segmento complexo, é preciso estudar muito o tema, pois a venda é consultiva, principalmente quando se trata de médias e grandes empresas. É necessário entender de legislação e um pouco de tecnologia para poder ajudar o cliente na escolha da seguradora. E, para as micro e pequenas empresas, ainda há o trabalho de conscientização, de explicar os pormenores do serviço.

“O seguro cibernético tem uma característica diferente dos demais. Costumo dizer que funciona como um seguro saúde a ser utilizado ao longo da vida das empresas, seja por assistência, para pedir ajuda numa situação, seja porque realmente sofreu algum dano. Então, por que digo que o corretor precisa se especializar bastante? Porque, se ele não vender corretamente o seguro, corre o risco de o cliente se frustrar na hora do sinistro”, alertou.

Curso em novembro, na Sala do Futuro

A partir de 9 de novembro, terá início, na Sala do Futuro, o curso Seguros de Riscos Cibernéticos. O conteúdo mostrará como se preparar para vender o Seguro Cibernético e apresentará noções básicas de Segurança da Informação, legislações e as características do Seguro Cibernético. As aulas acontecerão de forma presencial para quem for de São Paulo, e online, para aqueles de outras cidades.

O pré-requisito é ensino médio completo. Informações sobre dias e horários das aulas e investimento podem ser obtidas no site ens.edu.br


Fonte: ENS.