"O conhecimento adquirido ninguém tira"


Esporte e educação representam uma combinação que vale medalha de ouro. E o Clube de Regatas do Flamengo sabe bem disso. O rubro-negro carioca, que há tempos incentiva o desenvolvimento educacional de seus atletas, deu mais um passo para continuar cumprindo esse objetivo, ao firmar parceria com a ENS. O acordo prevê, entre outras coisas, concessão de 110 bolsas de cursos de graduação e MBA para atletas olímpicos do clube. 

Atualmente, o Flamengo tem mais de 800 atletas praticando esportes olímpicos. Eles sabem que, quando suas carreiras esportivas terminarem, uma formação de nível superior poderá ser o diferencial para manterem a vida profissional. É o caso de Heitor de Oliveira Carrulo, atleta do polo aquático do clube desde os 14 anos. 

Hoje com 31 anos e muitos títulos no currículo, o jogador conta que levou um tempo para perceber a importância dos estudos na vida de um atleta. “Com 16 anos, eu não tinha noção do que era vestibular e faculdade. A vida inteira estudei em colégio público. A primeira oportunidade de ensino particular que tive foi no Flamengo”, lembra. 

No convívio com outros atletas e profissionais do Flamengo, Heitor foi vendo todos ao redor ingressando em universidades e investindo em carreiras paralelas ao esporte. “Conheci pessoas que romperam a barreira, muitas delas foram as primeiras em suas famílias a terem diploma de ensino superior. Com o tempo, fui percebendo que esse era o caminho. Para amadurecer precisamos ter esse contato, sem esse incentivo é muito difícil visualizar isso nas nossas vidas”. 

Para ele, que já finalizou a primeira graduação e está concluindo a segunda, os estudos não trazem apenas o conhecimento em si, mas novas vivências e experiências. “Conviver com pessoas de vários nichos da sociedade nos faz crescer, pois conseguimos olhar além. Entendi que eu não era só um atleta, que a vida não era só onde eu morava, com quem vivia. Era muito mais”. 

“Oportunidade todo mundo tem, mas precisa agarrar” 

Heitor conta que se espelha em muitos atletas ao redor do mundo que mostraram como é possível unir esporte de alto rendimento e estudos. “Eles são exemplos de pessoas que conseguem conciliar tudo. Sucesso para mim é isso: consistência”. 

As incertezas que cercam a vida de um jogador também aumentam a importância de se buscar uma formação acadêmica, segundo Heitor. “Treinamos e investimos tudo o que temos, sem saber se vai dar certo. Se a vida não for só o esporte, se tivermos o lado acadêmico para dividir, isso pode ser uma garantia se algo der errado no esporte. Quando não se tem nada, só o esporte, a queda pode ser muito doída”. 

Atualmente um entusiasta da educação, Heitor acredita que uma de suas missões no clube é incentivar e mostrar aos mais jovens que a vida acadêmica é um caminho a ser seguido. “Essas bolsas de estudo para quem não tem condições, para quem vem de família humilde, são uma coisa excepcional. Fazem a diferença na vida de um garoto, que vai se agarrar nela para conseguir um diploma. Provavelmente será o primeiro formado da família e vai mudar a vida de outros que estarão ao seu redor”. 

“Com o tempo, vemos que o conhecimento adquirido ninguém tira. Podem tirar tudo, sua casa, sua roupa, mas o que está dentro da sua cabeça, ninguém tira. Oportunidade todo mundo tem, mas precisa agarrar e crescer dentro dela”, finaliza o atleta. 

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Fonte: ENS.