Sabe-se que o Brasil possui um grande caminho para se recuperar da crise instaurada nos últimos dois anos, devido ao período da pandemia. Com as mudanças impostas nesse tempo, o seguro de vida passou a ser o protagonista para o consumidor, quando a busca por informações sobre os seus benefícios passou a ser prioridade para o brasileiro.

Segundo dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o segmento de seguro de vida cresceu 17,8% em 2022, em relação ao ano passado, arrecadando R$ 1,92 bilhão em janeiro deste ano. É um crescimento superior a todas as receitas totais dos outros ramos supervisionados pela autarquia, que foi de 5,5%, somando um total de R$ 26,05 bilhões no mesmo período.

Ao mencionarmos os seguros de pessoas e danos, que inclui VGBL, conhecido como Vida Gerador de Benefício Livre, acidentes pessoais, prestamista, dentre outros, os números são positivos. Essas modalidades apresentaram um total de prêmios de R$ 14,72 bilhões em janeiro de 2022, representando um aumento de 0,5% em relação ao mesmo período de 2021. O seguro de vida permanece sendo destaque, por atingir um montante de R$ 1,92 bilhão no primeiro mês do ano, quando em 2021 atingiu R$ 1,63 bilhão. Houve um aumento de 17,8%.

Segundo o Presidente do Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), João Paulo Moreira de Melo, é preciso focar na performance dessa modalidade de seguro, no que se refere ao aumento da procura pela sociedade. “Os números refletem a tendência de aumento do interesse no Seguro de Vida no Brasil, que vem crescendo já há alguns anos. Resultado de fortes investimentos de todos os agentes – seguradoras e corretores principalmente – na área, com novos produtos, novos meios de distribuição, maior divulgação, capacitação, cultura. Essa tendência foi substancialmente incentivada pela pandemia, que aumentou a percepção de risco dos brasileiros. O risco de morrer, deixando dependentes sem a devida cobertura, risco de ficar inválido, sem o suporte de uma renda para se sustentar. Essa percepção de risco faz as pessoas repensarem seus valores, suas prioridades”, explicou.

As seguradoras decidiram tomar a iniciativa de arcar com as indenizações, na alta da pandemia. Com esse cenário, as pessoas passaram a ter um olhar mais atento para as coberturas do seguro de vida e visualizaram como uma alternativa de proteção familiar.

Oportunidade para os corretores de seguros

Atualmente, percebemos que a população passou a enxergar o seguro de vida com seriedade. A conscientização sobre a necessidade de se proteger, se tornou uma razão para o aumento na procura pelo seguro de vida no Brasil. Ainda que no país não exista uma cultura de contratação de seguros, o isolamento social mudou nesse aspecto. Como houveram mudanças repentinas que foram fundamentais no período de isolamento social, o mundo nunca mais será o mesmo. É hora do corretor de seguros enxergar a oportunidade de abordar seus segurados e focar na venda desse tipo de produto.

Para o Presidente do Clube dos Seguradores da Bahia e especialista em seguro de pessoas, Fausto Dorea, essa conscientização em relação à importância o seguro dessa natureza, auxilia como argumento na venda direta com o cliente. “O seguro de vida faz parte do planejamento familiar, tanto para o presente, quanto para o futuro. Afinal, quem não almeja proporcionar proteção e segurança para a sua família? Com o seguro de vida, é possível especificar para o segurado, que é possível se organizar para os filhos estudarem, comprar um imóvel e até mesmo deixar a vida financeira em ordem, em casos de falecimento. Como o mundo mudou e as pessoas buscam proteção a todo custo, a hora de oferecer essa modalidade de seguro é pra ontem! Não é luxo, mas sim necessidade e consciência sobre o que é melhor para toda a família”, afirmou.

O aumento da educação financeira também contribuiu com esse movimento. A sociedade passou a entender melhor sobre os produtos e coberturas oferecidas pelo mercado segurador. A compreensão sobre as diferentes formas de se proteger financeiramente em cada momento da vida ficou mais evidente.

A corretora Sonia Marra, da Marra Corretora de Seguros, fala sobre a fragilidade causada com a chegada da pandemia e da importância da necessidade de proteção. “A sensação de risco latente e a fragilidade ocasionada pela pandemia fez com que as pessoas, incluindo os mais jovens, refletissem sobre a necessidade de estarem protegidas. A pandemia mudou a perspectiva do brasileiro sobre o seguro de vida e proteção da renda. A Covid-19 impactou severamente a saúde e a vida das pessoas, comprometendo emocionalmente e financeiramente todas as classes, sensibilizou as famílias quanto a realidade do risco, o que facilitou o entendimento sobre seguro de vida e seu importante papel”, ressaltou. 

Quando falamos do aumento da demanda por seguro de vida entre os jovens, a MAG divulgou recentemente que houve um volume maior de contratação de seguro de vida entre pessoas com idade inferior a 25 anos. Houve uma ampliação de 26% de clientes individuais novos. Rodrigo Cunha, gerente de Desenvolvimento e Produtos da companhia, informa que é preciso pensar nesse público e atender todas as suas necessidades. “Temos um portfólio de produtos bem completo e pensamos em todos os momentos de vida da sociedade e isso nos possibilita, consequentemente, ter soluções aderentes a todos os perfis, necessidades e demandas, como é o caso de jovens”, afirmou.

Fonte: Seguro Nova Digital