Qual o cenário da medicina nuclear no Brasil?

Dada a sensibilidade e especificidade dos materiais utilizados, é de se esperar que a medicina nuclear no Brasil seja polarizada nos grandes centros econômicos e populacionais.

Todavia, é gritante a diferença entre regiões do país em termos de disponibilidade de clínicas e de profissionais habilitados. Para funcionar, uma clínica com serviços de medicina nuclear deve requisitar aprovação da autoridade sanitária local e da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Além disso, deve ter um aparato logístico sofisticado, tanto para proteção de equipe e de estruturas ao material radioativo quanto para a obtenção dos materiais em si. No Brasil, há apenas 14 centros produtores de radioisótopos, 64% nas regiões Sul e Sudeste, e nenhum na região Norte.

De acordo com dados da CNEN, em 2010 havia 342 clínicas de medicina nuclear no país. Médicos especializados na área somavam 353, e havia 187 supervisores. A distribuição de médicos e supervisores acompanha a de clínicas, superconcentradas nas regiões Sul e Sudeste, que abrigavam quase 80% dos centros especializados no país.

Havia apenas 06 clínicas na região Norte, 22 na Centro-Oeste e 50 na Nordeste. Todavia, as projeções de crescimento são otimistas.

Em 2020, um levantamento da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear apontava 430 clínicas habilitadas a fornecer serviços de medicina nuclear no país – um crescimento de 20% em uma década. A entidade, ainda, estimou em 5% o crescimento anual do mercado a partir de 2018.

Fonte: Star