Lançamentos de imóveis residenciais crescem 22% em SC em 2024
O mercado imobiliário do litoral norte de Santa Catarina continua em expansão e se consolidou como um dos grandes destaques do setor da construção civil em 2024.
De acordo com um estudo realizado pela consultoria Brain em parceria com a Câmara Brasileira da Construção (CBIC), foram lançadas 36,7 mil novas unidades residenciais em edifícios no ano passado, um aumento de 22% em relação a 2023.
O Valor Geral dos Lançamentos (VGL) do período alcançou R$ 45 bilhões, impulsionado principalmente por empreendimentos de alto padrão.
A pesquisa, que em 2017 analisava apenas duas cidades catarinenses, atualmente monitora os 15 principais mercados imobiliários do estado.
Para o economista do Secovi-SP, Celso Petrucci, os dados confirmam a relevância do setor em Santa Catarina.
Ele destacou que em 2024, o estado foi responsável por 9% do mercado nacional.
As vendas de apartamentos também cresceram, registrando alta de 24% no último ano.
O Valor Geral de Vendas (VGV) somou R$ 41,9 bilhões.
Segundo Marcos Bellicanta, presidente da Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias de SC (FIESC), o desempenho do mercado catarinense tem características diferenciadas do restante do país, com grande demanda por imóveis de alto padrão.
Essa particularidade faz com que a indústria da construção civil no estado seja menos sensível às oscilações das taxas de juros e a mudanças no programa Minha Casa Minha Vida.
PERSPECTIVAS PARA 2025
O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil brasileira registrou crescimento de 4,1% em 2024, impulsionado pela redução da taxa Selic entre julho de 2023 e outubro de 2024 e por alterações no programa habitacional do governo federal.
Para 2025, no entanto, a expectativa é de desaceleração, com projeção de crescimento de 2,3% para o PIB do setor.
Segundo Petrucci, fatores como a alta da taxa de juros, a menor disponibilidade de recursos para financiamentos imobiliários e o aumento dos custos de mão de obra devem impactar o mercado.
Petrucci explicou:
“A tendência é que o aperto monetário reduza a renda disponível das famílias, afetando o ritmo de crescimento do setor”.
Fonte: Noticenter