Cresce demanda por contratos não-proporcionais de resseguros

O mercado total de seguros de linhas comerciais, mais propensas a comprar resseguro, representa 15% do faturamento da indústria de seguros, sem considerar saúde e previdência. O restante se refere a linhas massificadas. Isso significa dizer que o alvo da disputa dos resseguradores em 2008 foi para R$ 6,4 bilhões. Deste valor, R$ 2,8 bilhões referem-se a prêmios cedidos pelas seguradoras em resseguro e R$ 3,6 bilhões em prêmios retidos pelas companhias de seguros. “É um mercado consolidado e as sete maiores são responsáveis por 65% do valor total”, informa. O resultado técnico obtido na carteira de linhas comerciais em 2008, segundo estudo da Itaú XL, foi de R$ 687 milhões. Ele nota que as seguradoras estão retendo mais resseguro neste início de abertura do setor. Nos contratos antigos, antes da abertura, o resultado da carteira de prêmios cedidos era mais positivo do que em prêmio retido internamente. A situação do passado se mostrou mais rentável para a resseguradora ao constatar que a sinistralidade retida foi superior em contratos não- proporcionais, ou seja, aqueles onde prêmios e sinistros são equilibrados entre seguradora e resseguradora. Os contratos não-proporcionais têm a participação dos resseguradores acima de um determinado valor de sinistros, como se fosse uma franquia. Se as perdas com sinistros forem inferiores ao estipulado, as seguradoras arcam com as perdas. Se for acima, a resseguradora é quem paga a conta. Este tipo de contrato é mais barato e dá mais autonomia ao ressegurador. Este tipo de contrato, não-proporcional, tem crescido com a abertura, em razão da preferência do IRB pelos proporcionais. Fonte: Fenaseg