As contribuições aos planos de previdência aberta em março chegaram a R$ 2,9 bilhões, melhor desempenho para o mês desde o início da divulgação da série histórica pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), em 2003. Na comparação com o mesmo período de 2008, houve aumento de 20,51% nos aportes. "As pessoas, depois de atestarem que o sistema é seguro e que o país sobreviveu à crise, voltaram a ter segurança para fazer poupança de longo prazo", diz o presidente da Fenaprevi, Antonio Cássio dos Santos. Para ele, que também preside a Mapfre Seguros, os números sinalizam a retomada da tendência decrescimento acelerado que o mercado vinha mostrando até setembro, ápice da crise financeira. No momento de pânico, o que se viu, relembra Santos, foi um aumento dos resgates na previdência, inclusive para o pagamento de dívidas. Era natural que as pessoas parassem para refletir sobre o momento de turbulência, avalia o diretor comercial da Brasilprev, Marco Barros. A retomada, na visão dele, reflete a percepção de que o mundo não acabou e que é preciso voltar a fazer planejamento, reservando recursos para as necessidades de curto prazo e futuras. "A previdência é um dos instrumentos de poupança de longo prazo mais eficientes pelo diferencial tributário que acaba agrega valor à acumulação de reservas." Para a Brasilprev, a arrecadação de março, de R$ 509 milhões (alta de 50%), já havia sido o segundo melhor mês de sua história. "Abril foi melhor ainda", afirma Barros, que não revelou números. No trimestre, as contribuições do mercado de previdência cresceram 6,85%, para R$ 7,8 bilhões. A carteira de investimentos atingiu saldo de R$ 152,3 bilhões no mês. Fonte: Valor Econômico