Susep mantém previsão de crescimento de 4,9%

Refeitos os cálculos, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) manteve a projeção de crescimento nominal da atividade de seguros próximo de 4,9% no fechamento de 2009, já apontado em fevereiro, mês da última avaliação feita sobre o desempenho dos mercados supervisionados, frente ao exercício de 2008. A previsão divulgada agora em maio leva em conta uma inflação no ano de 4,33% (IPCA) e uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,49% negativo. O faturamento esperado de R$ 71,201 bilhões em 2009 pode ser considerado modesto diante da expansão expressiva das vendas verifica no primeiro trimestre: 12,7%. Mas os técnicos da autarquia advertem que grande parte do crescimento esteve concentrada no ramo de veículos, que refletiu em março o aquecimento das vendas de automóveis no varejo, e nos "demais ramos", os quais foram influenciados pela carteira de garantia de obrigações privadas, que no mesmo mês de março registrou receita de prêmios da ordem de R$ 137 milhões. Carteiras Pelos cálculos da Susep, que não inclui o ramo saúde, o seguro de veículos, aliado à cobertura de responsabilidade civil facultativa, encerrará 2009 movimentando prêmios na casa de R$ 15,303 bilhões, apenas 2% acima dos R$ 14,996 bilhões realizados em 2008. A prevalecer a estimativa, a fatia da carteira sobre o faturamento total do mercado cairá de 22,1% para 21,5%. No VGBL, as contas apontam para uma receita de R$ 24,947 bilhões, 6% a mais do que no ano passado, fechado em R$ 23,528 bilhões. Com esse desempenho, a parcela de mercado do produto aumentará de 34,7% para 35%. O seguro de vida em grupo, por sua vez, pelos números da Susep, fechará o ano atingindo R$ 6,576 bilhões, incremento de 3,8% sobre 2008. Comportamento melhor terá o seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat): incremento de 15,6%, para R$ 5,459 bilhões. A tendência dos seguros patrimoniais também é favorável: expansão de 9,2%, para R$ 6,918 bilhões. Já as projeções para a carteira de transportes, com receita de R$ 1,866 bilhão, e para os seguros dos "demais ramos", com prêmios de R$ 10,131 bilhões, não são otimistas. Em ambos os casos, as vendas permanecerão estáveis em 2009, com ligeiro crescimento de 1%. Quanto à participação das atividades de seguros, previdência e capitalização na economia, levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) mostra que fatia do mercado no PIB subiu para 3,33% em 2008. Fonte: Jornal do Commercio