Seguro prestamista reduz calote na compra a prazo

O seguro prestamista, que garante a quitação de prestações de uma compra caso o cliente não consiga mais pagar, cresce a cada ano: o prêmio - volume de dinheiro pago pelos segurados - da modalidade era de R$ 510 milhões em 2004, e chegou a R$ 2,3 bilhões em 2008. Nos primeiros quatro meses de 2009, a soma foi 11% maior do que no mesmo período de 2008, saltando de R$ 740 milhões para R$ 820 milhões. O seguro é oferecido pelo varejo nas compras a prazo. Quando é contratado, seu valor é acrescido ao preço das parcelas e, caso o comprador perca o emprego, fique sem condições de pagar as parcelas ou morra, a seguradora paga algumas parcelas. Em geral são três ou seis para desemprego, e até 12 em caso de morte do segurado, afirma o diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alexandre Penner. Além de garantia de nome limpo para o comprador, o seguro protege o vendedor, que não deixa de receber. A redução do risco de inadimplência, em teoria, torna possível juros mais baixos. Com o risco de calote menor e a inadimplência em queda, os juros deveriam cair, afirma o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Antônio Cassio dos Santos. Mas o consultor da BDO Trevisan, Thiago Vincoletto, não acredita que a popularização da modalidade possa derrubar os juros. O volume é pequeno para ter esse tipo de influência, afirma ele. Negociar juros mais baixos com o varejo baseado nisso ainda é impossível. Fonte: Jornal da Tarde/SP