Atuários se reúnem para debater os desafios de administrar riscos
A crescente importância do profissional de ciência atuarial, tendo em vista as guinadas do marco regulatório do mercado segurador, a exigência de resultados operacionais positivos e a continuidade da estabilidade econômica, será o tema central do I Encontro Nacional de Atuários. O evento ocorrerá nos dias 12 e 13 de agosto, no Hotel Renaissance, em São Paulo, e tem promoção conjunta da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) e da Escola Nacional de Seguros (Funenseg). Deverão participar cerca de 250 especialistas em mensurar e administrar riscos.
Nos últimos 15 anos, as responsabilidades dos atuários no plano corporativo são crescentes. Em consequência disso, a pauta temática do encontro também será extensa e, entre outros tópicos, avaliará as “Ferramentas disponíveis para estudos de casamento entre ativos e passivos”. Nesse caso, a ideia é mostrar como o gerenciamento de ativos e passivos é estratégico na tomada de decisões, controle de exposição a risco e mensuração do desempenho em consistência com os objetivos estabelecidos pelas instituições financeiras, explica o coordenador do I Encontro Nacional de Atuários, Almir M. Ribeiro.
Atuário designa o profissional técnico especialista em mensurar e administrar riscos. Este profissional deve ter formação acadêmica em Ciências Atuariais, ter conhecimentos em matemática, estatística, direito, economia e finanças, para agir no mercado econômico-financeiro na promoção de pesquisas e estabelecimento de planos principalmente na área de seguros, previdência complementar aberta ou fechada, e sendo capaz de analisar concomitantemente as mudanças financeiras e sociais no mundo.
Outro tema de discussão será a elaboração de modelos internos considerando todos os riscos (subscrição, mercado, crédito, operacional e legal) e todas as linhas de negócios (seguros, previdência, capitalização, saúde, etc). Segundo Almir Ribeiro, o chamado Economic Capital é um conceito emergente que deve ser colocado nas mentes dos gestores das empresas seguradoras. O motivo é que tal modelo, se bem-estruturado, determinará o montante de capital que a empresa necessita para satisfazer os riscos futuros de seu negócio ou o montante de capital que realmente a empresa tem disponível.
Em relação à palestra “Avaliação e Auditoria Atuarial”, o principal desafio é a conciliação dos dados para construção de um banco de dados eficaz e os principais indicadores atuariais que devem ser considerados na gestão atuarial. Ou seja, a transformação da informação em conhecimento e em decisão adequada para o negócio torna-se fator estratégico em um ambiente competitivo.
Outro tema de destaque no encontro será o teste de adequação dos passivos, LAT, tendo em vista a implementação do IFRS (International Financial Reporting Standard), um conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo IASB (International Accounting standards Board). A apresentação abordará tanto a teoria quanto a prática da questão. A ideia é mostrar como superar este desafio, apontar seus pontos críticos e os caminhos das soluções.
Os especialistas vão discutir ainda os principais aspectos a serem considerados na elaboração das projeções de prêmios e sinistros, tendo em vista a Nota Técnica Atuarial de Carteira (NTC). Esse painel abordará os requerimentos regulatórios sobre o tema, o escopo de uma NTC e focará a apresentação na elaboração das projeções dos negócios que precisam constar da NTC.
O limite de retenção adequado também consta da pauta do encontro, considerando aí também as opções de resseguros. Sabe-se que o novo cenário vai exigir que as seguradoras tenham mais conhecimento da volatilidade das suas carteiras e cuidado no gerenciamento dos preços dos ativos. Por fim, o forte impacto da formação das provisões técnicas a partir do advento às normas de IFRS será outra discussão relevante, visto que, nas seguradoras, a área atuarial será a mais afetada.
Este profissional deve ter formação acadêmica em Ciências Atuariais, ter conhecimentos em matemática, estatística, direito, economia e finanças, para agir no mercado econômico-financeiro na promoção de pesquisas e estabelecimento de planos principalmente na área de seguros, previdência complementar aberta ou fechada, e sendo capaz de analisar concomitantemente as mudanças financeiras e sociais no mundo.
Mais informações nos sites: www.cnseg.org.br www.funenseg.org.br. As inscrições podem ser feitas no site www.funenseg.org.br.
Fonte: CNSeg