I Encontro de Atuários recebeu mais de 300 pessoas

O I Encontro Nacional de Atuários, que aconteceu entre 12 e 13 de agosto, em São Paulo, reuniu mais de 300 pessoas, a maioria atuários e executivos de seguradoras, para refletir e aprofundar assuntos específicos da ciência atuarial, atividade que começou a ser valorizada somente a partir dos anos 90, com o crescimento do mercado segurador. O número superou a expectativa dos organizadores do encontro, realizado pela Escola Nacional de Seguros e pela CNSeg, e que contou com 18 apresentações, algumas ministradas simultaneamente. Elas tiveram início com a palestra do diretor da Susep Alexandre Penner, que explicou que a atuária vivenciou gradual valorização, com a estabilidade monetária possibilitada pelo Plano Real. “Foi nessa década que o mercado quadruplicou sua receita de prêmios, chegando a R$ 28,3 bilhões em 1999, em decorrência também do Plano Diretor do Mercado de Seguros de 92”, contou ele, acrescentando que, com as altas somas movimentadas pelo setor atualmente e a aprovação de regras mais severas, o atuário assume um papel cada vez mais central dentro das corporações. Uma das palestras que causou mais interesse foi a conduzida pelo diretor da Milliman, Michael W. Witt, que expôs as vantagens do uso do Asset Liability Modelling (ALM) para estudo de casamento entre ativos e passivos, de suma importância para ajustar as operações das companhias ao atual cenário econômico. A apresentação de Roberto Westenberger, da PricewaterhouseCoopers, também foi concorrida. Segundo ele, a Susep já está implementando parte das recomendações da Solvência II. “Ela ainda vai tirar do forno regras envolvendo riscos de subscrição de Vida, Saúde, de Crédito, o que exigirá que os atuários se equipem em termos de novas técnicas e processos", observou. Sérgio Bezerra, gerente regional do IRB Brasil-Re, apontou a proteção de riscos e a atividade atuarial como os itens principais para gerenciar contratos da carteira de resseguros de Danos de RC. "Os atuários precisam ficar atentos não só às mudanças no resseguro, mas à conjuntura mundial, levando em conta, por exemplo, os efeitos da mudança climática", finalizou. Fonte: Escola Nacional de Seguros