Pobres carecem de maior oferta de seguros

Pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas revela que somente 16% dos brasileiros mantém algum tipo de apólice; a maioria de saúde. Uma pesquisa realizada Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada no dia 10 de setembro, sugere a ampliação da oferta de seguros (planos de saúde, seguro de vida, entre outros) para os pobres, por meio, inclusive, de programas sociais do governo federal. "O seguro ainda é um serviço de luxo. Isso é uma distorção porque o pobre não só enfrenta mais riscos, como também sofre mais com esses riscos", afirmou o coordenador do levantamento, Marcelo Neri. "Quem precisa mais está desprotegido. Se essa pessoa fica doente, acaba não só sofrendo com a doença, como levando a família à pobreza, com [os custos] do tratamento", exemplificou. De acordo com a pesquisa da FGV, cerca de 16% da população têm algum tipo de seguro. A maioria é de seguro de saúde (12,9%), seguido de seguro de vida (4,3%) e proteção para automóvel (2,9%). A menor parcela da população investe em previdência privada (0,45%). Entre as classes econômicas, a faixa A e B (renda acima de R$ 4,8 mil) responde por 46% da demanda. Reunindo 85% da população, as classes C (até R$ 4,8 mil), D (R$ 1,1 mil) e E (R$ 800), contribuem com 15,6%, 4,1% e 1,4% do total de seguros no País, respectivamente. Em todas as classes, a maior preocupação é a saúde. Só pela incorporação de 27 milhões de pessoas nas classes A, B e C [nos últimos cinco anos] mais o crescimento populacional, o potencial de crescimento do setor de microsseguros pode ter um crescimento de 27%. "Com inovação financeira, esse crescimento pode chegar a 40%. Então, 40% é o mercado de seguros no Brasil", destaca o economista da FGV. Fonte: Negócio para Corretores