Vida cresce mais que automóvel

Mesmo com a retirada do incentivo fiscal para a aquisição de veículos, as perspectivas para a continuidade do crescimento do mercado segurador continuam positivas. O motivo é que a maior parte do incremento nos negócios está relacionada com o segmento de pessoas (seguros de vida, acidentes pessoais, residenciais e planos de previdência) e não ao aumento de vendas dos veículos. A previsão é de que o mercado como um todo cresça este ano, em torno de 14% e em 2010, acima de 15%, segundo o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), Leoncio de Arruda. "O mercado vem registrando um crescimento elevado nos últimos 20 anos. Estamos falando em um incremento de 14% em um ano que registrará uma variação do PIB próxima a zero. Para o próximo ano, o desempenho será ainda melhor, ainda mais que a economia tende a retomar", explica Arruda. Ele lembra que a maior parte do aumento das vendas de seguros este ano está relacionada ao segmento de pessoas, que registrou alta mais expressiva. "O ramo de seguros de veículos cresceu pouco mais de 10%. Assim, a retirada da isenção do IPI em outubro não muda o quadro do mercado como um todo Além disso, no fim do ano, as vendas se aquecem, com o recebimento do 13º salário ou bonificações", diz. De acordo com os dados do Sincor-SP, no primeiro semestre deste ano o ramo de seguro de automóveis - o mais comercializado do setor - faturou R$ 8,1 bilhões no Brasil, sem considerar o seguro obrigatório (Dpvat). O crescimento foi de 11% em relação ao ano passado. Fonte: Monitor Mercantil