FLORIANÓPOLIS - No encontro em que o mundo falará sobre seus futuros rumos, também serão ouvidas vozes de Santa Catarina. A partir do próximo dia 13, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, debaterá alternativas de um crescimento econômico, preservando recursos para as gerações futuras.

Durante o evento, além das proposições que serão levadas pelo governo do Estado, devem ser apresentadas propostas catarinenses que vêm sendo debatidas desde o início do ano, e pensadas há muito tempo, por representantes da sociedade civil. Foram trabalhos realizados em escolas e universidades, a serem consolidados em uma reunião final amanhã, a SC+20. Esses projetos serão somados também a manifestações de ideais, revelando a vontade dos cidadãos de SC em ser atuantes na Conferência mundial e na viabilização de um progresso aliado à preservação.

Os universitários Vinícius Leyser da Rosa, 26 anos, e Felipe Fischmann, 20 anos, acreditam que o caminho para uma cidade melhor deve ser percorrido de bicicleta, por ser um meio de transporte que não polui e ainda ser uma forma de integração com o ambiente em que se vive. Como o uso da bicicleta não pode ser defendido apenas por documentos, na segunda-feira, dia 11, eles sairão de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro, com os pés nos pedais. Serão oito dias em duas rodas.

– Nossa ideia é chamar a atenção pelo que a gente faz e divulgar o que a gente acredita – explicam.

Mas não é só quem tem fôlego para sair pedalando mais de 400 km que participará do evento. Desde fevereiro, estudantes e professores promoveram discussões sobre questões ambientais e sociais, por meio do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense para Rio+20. A proposta começou como um projeto de extensão da Universidade Federal e se estendeu a trabalhos escolares.

– A gente acredita que a construção de boas práticas é baseada em experiência local – explica a estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, Thaianna Cardoso, da coordenação do Comitê.

Depois da SC+20, o Comitê apresentará as discussões na Conferência no Rio. Em agosto, haverá uma audiência pública sobre o assunto na Assembleia Legislativa.

Fonte: Jornal de Santa Catarina