Mercado ganha um novo produto: o seguro de garantia estendida

O mercado acaba de ganhar um novo produto: o seguro de garantia estendida. A Resolução nº 122, do Conselho Nacional de Seguros Privados regulamentando esse novo seguro foi publicada no último dia 04 de maio. A garantia estendida, que até momento era vendida como um serviço, como o próprio nome diz, fornece ao consumidor um prazo maior de garantia depois que a dada pelo fabricante vence. Segundo o presidente da Fenaseg, João Elisio Ferraz de Campos, o novo produto deverá trazer para o mercado segurador cerca de um milhão de novos segurados por mês, beneficiando, principalmente, a população de classes menos favorecidas. “Trata-se de um seguro efetivamente popular”, diz João Elisio. Mas, o presidente da Federação ressalta que o mais importante nesse processo é a sinalização do Governo demonstrando sua intenção em transformar em seguro todas as operações onde o consumidor paga primeiro e só recebe o benefício depois. “Isso poderia acontecer também com o Assistência 24 horas e o Assistência Funeral, por exemplo”, afirmou. No caso do seguro de garantia estendida, até bem pouco tempo não era assim. Antes da regulamentação, qualquer empresa poderia oferecer esse serviço, mas, sem a garantia efetiva para o consumidor do recebimento da indenização caso acontecesse algum imprevisto, já que não havia quem regulamentasse e fiscalizasse o setor. “Esse é o grande benefício para o consumidor. Agora o seguro vai passar a ser feito pelas seguradoras, que são obrigadas a fazer reserva. O mercado tem um órgão regulador e caso aconteça alguma coisa o consumidor tem a quem reclamar”, afirma João Elisio. Esse é um mercado com grande potencial, pois nos últimos anos houve uma forte demanda por esse tipo de garantia principalmente em produtos de linha branca (eletrodomésticos) linha marrom (eletro-eletrônicos), celulares, bicicletas, móveis, automóveis e até pneus. Em média, o preço anual do produto, para mais um ano de garantia do bem, custa em torno de R$ 80 para geladeira, R$ 300 a R$ 500 para automóvel e R$ 60 para móveis, por exemplo. Somente em 2004, segundo a Garantech, empresa referência no mercado de garantias, foram vendidos cerca de 8 milhões de contratos e a arrecadação foi de R$ 350 milhões. A expectativa do mercado segurador é que no primeiro ano de regulamentação o novo seguro movimente cerca de R$ 500 milhões em prêmios. (Fenaseg)