IRB muda política para abertura de informações

O presidente do IRB Brasil-Re, Marcos Lisboa, informou ontem que pretende mudar a política de "retrocessão" doméstica de riscos dos contratos de resseguro. Ele garantiu que uma parcela da retrocessão de excedentes da sua maior apólice, o chamado "property" - que garante o resseguro automático das seguradoras que cobrem grandes riscos de propriedades empresariais -, será reservada ao mercado doméstico."A questão da retrocessão doméstica é polêmica, sempre desperta muitos movimentos do mercado. A Fenaseg, com razão, argumentou que da maneira como era feita nos últimos anos era prejudicial à concorrência, porque abria informações de risco da seguradora e do segurado para os concorrentes", disse Lisboa, ontem, durante a confraternização do mercado segurador, promovida pela Fenaseg. "Acabamos de renovar o contrato de property, temos uma cota variável de US$ 10 milhões e reservamos uma parte dessa cota para oferecer ao mercado interno", acrescentou o presidente do IRB, lembrando ainda que nessa cota está o que o mercado considera uma das partes mais atrativa do contrato. Lisboa explicou que a apólice de property tem as chamadas "torres", uma de US$ 100 milhões e outra de US$ 200 milhões, além da cota variável, de US$ 10 milhões, que é considerada o "filé mignon". "Nessa cota variável não há abertura das informações", diz Lisboa. Com isso, ele acredita estar retirando o entrave que havia para as seguradoras locais participarem da retrocessão. (Valor Econômico)