Superintendente da Susep anuncia novidades para 2008

O mercado segurador brasileiro vai ganhar, até o final do primeiro semestre de 2008, uma tábua biométrica própria, e será o único país da América Latina e o sexto no mundo a possuir o instrumento que promete trazer uma realidade mais precisa para a avaliação de riscos nos seguros de Pessoas.  Além disso, a expectativa da Susep é o que o setor cresça 20% no próximo ano. As informações foram dadas pelo superintendente da Susep, Armando Vergílio dos Santos Júnior, nesta última quinta, 20 de dezembro, em coletiva à imprensa. O superintendente informou também que no início do ano, a superintendência apresentará ao Congresso propostas como a do seguro popular de carro e também a de fundos garantidores e de proteção ao segurado, facultativos, direcionados à saúde e à educação, entre outros.  Estas propostas, diz Vergílio, devem fortalecer o setor e contribuir para conquistar cada vez mais a confiança do consumidor.  “Será um avanço muito grande para a sociedade”, comentou.A regulamentação do setor de resseguros no país, publicada esta semana, no Diário Oficial da União, foi outro tema da entrevista. Vergílio disse que três grupos já manifestaram interesse em se registrar na Susep como resseguradores locais. Em sua opinião, as mudanças neste mercado vão tornar o setor local mais forte e competitivo, com a provável redução de preço a médio e longo prazo. “O mercado de resseguro deve dobrar em três anos”, previu.Vergilio também aposta no microsseguro como um grande programa de inclusão social. Ele acredita que o produto atinja uma faixa social que jamais faria seguro, alcançando pessoas que ganham de um a três salários mínimos.Quanto ao seguro DPVAT, que indeniza vítimas de acidentes de trânsito e seus beneficiários, Armando Vergílio explicou que a recém-criada Seguradora Líder Dpvat  vai ser a única seguradora a operar o seguro obrigatório de veículos.  A autorização para a nova companhia foi dada pela autarquia no início de dezembro. O superintendente acredita que com a nova empresa haverá mais transparência e otimização do trabalho desenvolvido pelo DPVAT, permitindo também um melhor combate à fraude, bem como mais divulgação dos direitos aos segurados.O superintendente também falou sobre a Resolução CNSP nº 174, que trata, entre outros pontos, do reajuste do seguro obrigatório DPVAT .  Armando Vergílio informou que o reajuste do seguro obrigatório - que este ano foi apenas para categoria de motos, 38,25%, se atribui, principalmente, ao aumento do número de acidentes envolvendo as motocicletas  – a sinistralidade cresceu 114%, segundo a Autarquia.  “Na verdade a Susep abrandou o aumento, que segundo cálculos atuariais, deveria ser de 55%”, informou.  O superintendente destacou ainda a necessidade de se investir cada vez mais em campanhas de educação no trânsito e a melhoria das estradas para se combater os acidentes, que causam, segundo o Denatran, 35 mil mortes anualmente no Brasil.  (Fenaseg)