Microsseguro é uma preocupação mundial

O microsseguro começa a ser oficialmente estudado pela iniciativa privada em parceria com o governo brasileiro. A criação de uma comissão, composta por 12 membros do governo e da iniciativa privada, foi aprovada na semana passada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). A Comissão Consultiva do CNSP para Microsseguros tem amplos poderes para fazer estudos e pesquisas sobre qual a melhor forma de se criar este mercado que irá atender as classes D e E no Brasil."É uma questão importante, prioritária, que merece atenção do governo e está na ordem do dia", diz Armando Vergílio, titular da Susep (Superintendência de Seguros Privados).A comissão será formada por seis membros do governo, sendo dois da Susep, dois do Ministério da Fazenda, um do Banco Central e outro do Ministério da Previdência Social. Da iniciativa privada, dois serão indicados pela Fenaseg, dois pela Funenseg e dois pela Fenacor. A comissão começa a trabalhar em maio e tem até dezembro para apresentar o relatório final.O Banco Mundial tem grande interesse em apoiar o microsseguro. "Nos interessamos pelo microsseguro para as classes C menos e D, onde a iniciativa privada pode desenvolver produtos interessantes para a inserção social e permitir a melhora da qualidade de vida deste nível da população", diz Mike Goldberg, especialista do Banco Mundial em microfinanças do setor privado para a região da América Latina e Caribe.O foco do Banco Mundial é ajudar a desenvolver o microsseguro entre a população de baixa renda na América Latina, África e Sudeste Asiático. No mundo, o potencial estimado é de 4 bilhões de pessoas, que têm renda anual inferior a US$ 3 mil por habitante. Segundo dados do Microinsurance Centre, 80 milhões de pessoas são atendidas pelo microsseguro em todo o mundo com 357 produtos identificados. As principais apólices são vida, invalidez, saúde e patrimonial. (Clipp-Seg Online/Gazeta Mercantil)