Previdência: planos crescem oito vezes em dez anos, incentivados por alta renda

A estabilidade econômica permitiu à população pensar no longo prazo e, inclusive em um plano de previdência. Para se ter uma idéia, de 1997 para 2007, o número de brasileiros preocupados em formar uma poupança para custear estudos ou complementar a aposentadoria aumentou oito vezes, segundo o Itaú. A tendência, por sua vez, é mais forte entre as pessoas de renda mais elevada e os homens. Outros fatores que elevaram a adesão aos plano de previdência por parte da população brasileira foram o incentivo fiscal, a queda na taxa de juros e uma expectativa de vida maior, que remete a um melhor planejamento financeiro. As reservas acumuladas em real do mercado em geral cresceram 10,8%, passando de R$ 120,77 bilhões em 2007 para R$ 133,83 bilhões até julho deste ano. Perfil do contratante - Conforme mostrou o estudo, os homens são maioria (60%) dentre os compradores de previdência, bem como as classes do topo da pirâmide social. Isso porque 87% dos compradores são das classes A (48%) e B (39%), enquanto 9% são da classe C e 4% das demais. Os casados também são maioria, com 55% de representatividade, ante 31% dos solteiros e 10% dos separados/divorciados. Quanto à faixa etária, é interessante ressaltar que os compradores de previdência privada têm, em sua maioria, idade ente 35 e 44 anos (25% do total). Nas duas pontas, observa-se que as pessoas de 18 a 24 anos são 9% do total, assim como aquelas com 65 anos ou mais. Preocupação com as crianças - Os dados impressionam: 68% disseram que têm filhos e, como são os pais que contratam para as crianças, há um crescimento nas compras de planos para menores de 21 anos, cujas reservas acumuladas em reais subiram de R$ 4,27 bilhões no ano passado para R$ 6,07 bilhões até julho deste ano (+42,2%). Sobre o perfil desta população que investe para os filhos, é possível dizer que a previdência virou o cofrinho das crianças. Além disso, há uma disciplina de contribuição mensal: o dinheiro do filho/neto é sagrado, o que significa que não há resgaste. No mercado em geral, não é notada toda esta responsabilidade. (Clipp-Seg Online/Infomoney)