Estudo constata aumento da carga tributária no País em 2008

A carga tributária do País subiu mais um pouco no ano passado, de 36,48% do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços produzidos no país), em 2007, para 37,58% do PIB, segundo cálculos da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O estudo destaca que o crescimento ocorre mesmo sem a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo a pesquisa da CNM, nesses percentuais estão todos os tributos recolhidos compulsoriamente da sociedade e das empresas, o que inclui royalties, taxas e cobranças judiciais. Desse aumento de 1,1 ponto percentual do PIB, 0,53% é da União. Segundo o estudo, a União conseguiu aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em 0,40% do PIB e o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 0,74% do PIB. Os Estados contribuíram com 0,51% do PIB, e os municípios, com 0,06%. Em 11 anos, a carga tributária cresceu mais de dez pontos porcentuais do Produto Interno Bruto, passando de 27,44% do PIB em 1997 para os 37,58% de 2008. Em valores absolutos, a carga tributária ultrapassou a marca de R$ 1 trilhão no ano passado, de acordo com a CNM. Juntos, os governos federal, estaduais e municipais arrecadaram R$ 1,090 trilhões em 2008. A União é responsável por 68,5% dessa arrecadação (R$ 746,8 bilhões), os municípios respondem por 3,4% (R$ 56,9 bilhões). “Embora seja a menor fatia da carga tributária, a receita dos municípios é a que mais cresceu em termos percentuais desde 2002: 152% em valores nominais, sem descontar a inflação”, diz nota da CNM. Fonte: Fenaseg