Ipea vê impactos alarmantes para bacias hidrográficas em razão das mudanças climáticas

Na agricultura, mais danos. O aquecimento do clima só não afetaria a lavouras de cana-de-açúcar, mas também o plantio de soja, que teria redução de 34% a 30%, o de milho, de 15%, e o de café, de 17% a 18%, com agravamento mais sério ainda da cultura de subsistência no Nordeste, segundo a quarta edição do "Boletim Regional, Urbano e Ambiental". Os impactos negativos esperados poderiam ser atenuados nas próximas décadas com modificações genéticas dos produtos, o que exige investimento anual de R$ 1 bilhão em pesquisas.Segundo o Ipea, outra contribuição importante está na crescente utilização de combustíveis renováveis, no lugar dos derivados de petróleo, o que evitaria emissões de 203 milhões a 923 milhões de toneladas de gás carbônico em 2035. Entretanto, a produção de combustíveis alternativos exigiria o uso de 17,8 milhões a 19 milhões de hectares, sem exigir o uso de áreas das culturas de subsistência nas regiões. A necessidade de produção dos alternativos não pressionaria o desmatamento da Amazônia. Mas, nas regiões Sudeste e Nordeste, no entanto, poderia haver danos florestais e de matas, se não forem empregadas políticas adequadas para os biocombustíveis, conclui o estudo.Fonte: Portal Viver Seguro