Segmento residencial cresce 24%

Um dos maiores orgulhos é o aumento do seguro residência entre os moradores do morro Dona Marta, no Rio. "Ao custo de R$ 9 por ano, o morador garante uma indenização de R$ 10 mil para casas avaliadas em cerca de R$ 40 mil", explica. "O mercado residencial tem um potencial imenso e praticamente inexplorado. É a principal aposta da Bradesco Seguros atualmente", comemora.Consultor na área de seguros há 35 anos, o advogado Adilson Neri Pereira acredita que a falta de interesse por esse tipo de seguro (apenas 12% num universo de mais de 50 milhões de imóveis) é uma questão cultural, que só mudará no longo prazo. "Na Europa e nos Estados Unidos a preocupação maior é com a proteção da família.Gastam mais com seguro de vida e residência. Aqui, a pessoa não sai da concessionária sem fazer um seguro para o carro, mas o filho sai da maternidade sem seguro de vida ou previdência", compara.O gasto anual para garantir uma indenização de até R$ 200 mil em caso de incêndios ou raios para uma casa avaliada em cerca de R$ 300 mil fica em torno de R$ 300."As pessoas imaginam que o gasto com o seguro residencial é proporcional ao do carro e acham que não terão condições de arcar com esse gasto", justifica Marcelo Santana, da Porto Seguro, maior corretora entre as independentes.O analista financeiro Eduardo Santos Barros não se. Prevenido, ele tratou de contratar um seguro residência logo que comprou a casa própria, há dez anos. O sobrado na zona leste, avaliado em R$ 300 mil, foi segurado em R$ 100 mil, ao custo de R$ 400 por ano. Por enquanto o prejuízo é todo da seguradora. "Fui roubado duas vezes. Na última levaram TVs, computadores e toda a roupa da minha filha. Apresentei o boletim de ocorrência e as notas fiscais e 15 dias depois a seguradora liberou R$ 7 mil", relembra. "O gasto compensa. Não fico sem seguro de jeito nenhum."Fonte:  Clipp-seg | Valor Econômico