HDI Seguros investe em inovação

À frente da HDI Seguros desde dezembro de 2016, Murilo Setti Riedel conta que estabilidade, previsibilidade e confiabilidade junto aos corretores de seguros definiram ao longo dos anos a relação de parceria da companhia com os mais de 22 mil profissionais cadastrados. “Este é o nosso grande patrimônio”, destaca.

Segundo ele, “para que isso seja possível é necessário que estejamos profundamente empenhados no constante redesenho de nossas operações e atualização de nossos produtos, mantendo os importantes investimentos em pesquisa, desenvolvimento, tecnologia e práticas digitais para que possamos garantir a oferta de preços competitivos e serviços de alta performance”, diz.

Riedel comenta que a HDI está sempre em busca da melhora dos seus serviços e ferramentas disponíveis tanto para os corretores quanto para seus clientes. “Para nossos parceiros, desenvolvemos e efetuamos atualizações constantes no HDI Digital, sistema de cotação 100% online que permite ao corretor realizar todo o processo de contratação digital”, acrescenta.

Também foi criado o aplicativo HDI Corretor, disponível para smartphones com sistema iOS e Android. “A ferramenta permite ao corretor acompanhar os negócios da corretora instantaneamente e à distância, proporcionando acesso a apólices, comissões, sinistros e relatórios gerenciais. Lançamos esse app em fevereiro de 2017 e o feedback tem sido animador”, revela o executivo.

Estrutura – Atualmente, a HDI conta com 66 filiais, mais de 1,3 mil funcionários e 51 unidades de Bate-Pronto espalhadas pelo Brasil. E, se comparado a 2016, o número de corretores cadastrados cresceu 3,1%. Os seus principais ramos de atuação são o de automóvel e o residencial.

Riedel menciona que o seguro de automóvel continua sendo o carro-chefe da companhia. “A HDI Seguros conta com mais de 1,67 milhões de seguros de automóvel vigentes e, de 2016 para 2017, ganhou market share e atingiu 8,8% de participação, sendo a quinta maior seguradora de automóveis do país”. Ele avalia “embora a crise econômica tenha afetado as montadoras e, consequentemente, as seguradoras, temos uma parcela considerável dentro do mercado. Outro produto que nos surpreendeu positivamente foi o HDI Em Casa, nova versão do seguro residencial, o qual nos propiciou crescimento de carteira de 30% entre 2015 e 2016”, especifica.

No residencial, a companhia reformulou o produto em 2016 e fechou o ano com crescimento acima da média do mercado. “Além disso, ofertamos seguro de condomínio, transportes, empresarial e frotas, os quais são destinados a pessoas jurídicas. A HDI está atenta ao setor e trará novidades no portfólio para 2017”, antecipa. Destaques – Entre as principais inovações da companhia, Riedel destaca o Bate-Pronto. “Ele é um dos principais diferenciais da HDI dentro do mercado segurador. Os clientes que são atendidos nas nossas centrais julgam os serviços como excelentes e a nota média na avaliação dos segurados é de 9,6”, pontua. Ele acrescenta: “para que o atendimento seja aperfeiçoado e para que o cliente tenha uma experiência satisfatória, nós oferecemos aos nossos colaboradores treinamentos constantes. Há, ainda, as unidades móveis do Bate-Pronto, as quais circulam por todo Brasil e são posicionadas estrategicamente em locais que identificamos alta na demanda ou que, por exemplo, serão destinos muito procurados em períodos de férias”, explica.

Os serviços das centrais móveis são idênticos aos fornecidos nas unidades fixas, ou seja, têm abertura do sinistro em até 30 minutos. E a HDI tem apostado no investimento de novas tecnologias com o objetivo de transformar o relacionamento do segurado com a seguradora.

Segundo o executivo, “remodelamos o aplicativo do segurado, inserimos funcionalidades inéditas no mercado e continuamos estudando novas opções para que o cliente se sinta mais confortável e tenha mais autonomia, o que auxiliará na desburocratização dos processos. Isso tornará o contato com a seguradora mais fácil e ágil”, prevê. Exemplo disso é o uso de chatbots (robôs capazes de conversar com o usuário por meio de chat) para atendimento de clientes, prestadores de serviço e terceiros, na página oficial da HDI no Facebook.

O sistema disponibilizará aos segurados o download de segunda via de apólice e boleto, informações para acompanhar e reportar sinistros e oferecerá as opções de cálculo online e localização de corretor.

Para os prestadores, pelo sistema será possível solicitar o cadastro para trabalhar junto à HDI, e os terceiros poderão acompanhar o sinistro ou, para quem tem interesse em trabalhar na companhia, enviar o currículo para uma vaga de emprego. “E planejamos outras novidades para os clientes ainda nesse ano, porém, são projetos que ainda estão em andamento”, diz Riedel.

Resultados – Por ser uma empresa com capital aberto no exterior, o executivo não pode comentar sobre expectativas, mas ele conta que os dois últimos anos foram desafiadores devido à crise econômica que afetou diretamente as companhias que têm o seguro de automóvel como o principal produto. “No entanto, ainda assim, a empresa atingiu, em 2015, R$ 3,2 bilhões de prêmios emitidos, um crescimento de 16,4% em relação a 2014. Já em 2016, o setor como um todo sentiu um impacto maior do cenário econômico instável. A HDI fechou o período com R$ 3,1 bilhões de prêmios emitidos, o que significa uma queda de 4,7% na comparação com 2016”, especifica.

Desafios e oportunidades – Para Riedel, o principal desafio para os próximos anos é conviver com a redução dos mercados atuais de seguros no Brasil. “O seguro de automóvel, por exemplo, pela primeira vez em muitos anos apresenta uma perda relevante em função da redução da venda de veículos zero km. Nós estimamos que este mercado já tenha perdido mais de 10% do número de segurados, o que foi compensado parcialmente pelo aumento do valor dos prêmios médios”. Segundo ele, “a crise trouxe impactos para todos os ramos de seguros e também para os próprios indicadores de risco com a falência de vários Estados e a consequente crise do setor de segurança pública. A esperada recuperação da economia não trará na mesma velocidade a recuperação dos empregos, poder de compra e crédito”, prevê. Como resultado, o executivo estima que o mercado de seguros ainda terá pela frente um ano bastante difícil. “As oportunidades virão da necessidade de o mercado revisar as suas arquiteturas de operação. Produtos mais simplificados e baratos, profunda migração para plataformas digitais e utilização intensa da modelagem matemática em negócios de seguro poderão mostrar novos caminhos”, finaliza.

Fonte: CQCS | Revista Cobertura