Ao volante, dicas para chegar são e salvo ao destino
Quando alguém assume o volante de um automóvel, chegar são e salvo ao destino — se possível, sem aborrecimentos no trajeto — é seu maior objetivo. Para isso, vale seguir alguns cuidados que compõem um modo seguro de dirigir.
• Atenção, sempre. Em tempos de telefones celulares com inúmeras funções e centrais de áudio com cada vez mais recursos, esse conselho ganha importância. Dirigir requer atenção em tempo integral, que não pode ser dividida com outras tarefas. O ideal é manter o celular desligado e fora de mão enquanto se dirige. Se fizer questão de usá-lo, recorra a um sistema de viva-voz sem uso das mãos, evite fazer ligações e jamais digite ou leia no aparelho com o carro em movimento.
A atenção depende também de boas condições físicas. Além dar regra óbvia de não beber antes de dirigir, garanta que não ingeriu medicamentos que causem sonolência, evite refeições pesadas e procure dormir adequadamente antes de uma viagem.
• Veja longe. Não se limite a olhar o carro à frente: procure ver através de seu vidro o que acontece adiante dele, o que pode lhe dar tempo adicional para uma frenagem ou um desvio. Por isso, evite rodar atrás de veículos fechados (como furgões) ou com película muito escura. Atenção também às faixas ao lado e aos retrovisores.
• Mantenha distância segura. Mesmo para o melhor motorista, existe um tempo de reação entre algo acontecer (o carro adiante frear, alguém fechar seu caminho, um objeto ou animal ser visto na pista), você tomar a medida adequada (frear, desviar) e seu carro reagir aos comandos. É por isso que a distância segura deve ser respeitada. Em condições normais de piso e visibilidade, mantenha um espaço de dois segundos, passando a três ou quatro no caso de chuva forte, neblina ou piso escorregadio.
E como medir esse espaço? Observe quando o carro à frente passar por um ponto de referência, como poste, placa ou faixa no piso. Conte então dois segundos (“um elefante, dois elefantes”) e, se seu carro chegar ao mesmo ponto antes do fim da contagem, amplie o espaço. Com o tempo essa noção é absorvida e não será preciso contar. E não se incomode se alguém entrar no espaço à sua frente: o que importa é sua segurança, não uma diferença desprezível de tempo de trajeto.
• Siga o fluxo. O risco da velocidade excessiva é amplamente conhecido (e combatido pela fiscalização), mas há perigo também em andar devagar demais, causando retenção do trânsito. Além de poder irritar outros motoristas (leia abaixo), isso tende a provocar uma sucessão de mudanças de faixa ou ultrapassagens, com risco ao tráfego como um todo. Se lhe falta experiência ou segurança para seguir a velocidade da maioria, melhor viajar por outro trajeto ou em horário tranquilo.
• Não seja fiscal. Se alguém vem acima do limite de velocidade e lhe pede passagem, procure facilitar. Pode haver um motivo para isso, como uma emergência qualquer, e não lhe cabe ser fiscal da lei.
Sinalize e antecipe-se. Use as luzes de direção para qualquer conversão ou mudança de faixa, mas antes disso consulte os retrovisores e calcule se não vai “fechar” alguém. Cuidado especial com motos e, no trânsito lento, bicicletas.
Em avenidas e rodovias movimentadas, não é raro o trânsito parar de repente. Além das dicas de ver longe e manter distância, recomenda-se frear com suavidade, mantendo as luzes de freio acesas por mais tempo, para indicar a quem vem atrás. No caso de parada total, o pisca-alerta (com o carro já imóvel) ajuda a chamar a atenção do motorista seguinte. Contudo, se for mudar de faixa, lembre-se de desligar o alerta.
• Não ofusque. Use faróis e lanternas corretamente. A luz alta pode ofuscar outros motoristas, mesmo o do carro que segue à frente: só use em caso de estrada livre adiante. Se alguns têm reclamado de seus faróis baixos (piscando as luzes altas), eles devem estar desregulados: mande verificar. Faróis e luz traseira de neblina só devem ser ligados no nevoeiro ou em chuva forte. Essa luz traseira vermelha e potente incomoda — saiba como é acionada, se o carro tiver, para não usar por engano. Se os faróis de um veículo no sentido contrário ofuscarem sua visão, concentre-se na faixa à direita, evitando olhar para a luz. E jamais responda com faróis altos: melhor um só motorista dirigir às cegas do que ambos.
Cruzamentos são perigosos. Não importa se há semáforo ou se a sinalização lhe dá preferência: todo cruzamento representa risco, pois outros motoristas podem desrespeitar as regras. Assim, nunca os cruze em velocidade tão alta que não permita parar no caso de imprevisto. Quando o semáforo abre, garanta que não há alguém passando rápido pela transversal para tentar pegar o fim do sinal amarelo.
• Use os sentidos. Além da visão, temos audição e olfato para ajudar o motorista. Ouviu uma sirene? Abaixe o som e identifique de onde vem: talvez uma ambulância, carro de polícia ou de bombeiros precise de sua passagem. Notou um ruído estranho no carro? Pode ser um pneu furado ou outro problema, que merece atenção assim que houver lugar seguro para parar — cuidado com o risco de assalto. O mesmo vale para certos odores, como de queimado.
• Não baixe a guarda. Acontece muito: ao sair da estrada em uma viagem ou estar perto de casa, o motorista “baixa a guarda” e deixa de prestar atenção aos riscos. Lembre-se: enquanto estiver ao volante, você ainda não chegou.
• Evite os nervosos. Alguns motoristas saem às ruas sem paciência ou se irritam por algum motivo. Se um desses cruzar seu caminho, mantenha a calma, redobre o cuidado com a distância e procure facilitar a passagem. Não deixe que a irritação dele afete seu humor. E se você deixar alguém nervoso? Mesmo com cuidado, podemos fazer algo que assuste ou incomode o outro, causando irritação. O melhor a fazer é se desculpar, como acenando com a mão, o que descontrai os ânimos e pode evitar uma reação agressiva.
Fonte: Best Car - UOL