Fenseg elogia mudanças nos seguros de grandes riscos


Ao participar de webinar realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), no qual foi entrevistada a superintendente da Susep, Solange Vieira, nesta terça-feira (25/08), o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Antonio Trindade, elogiou as mudanças propostas pela autarquia nas normas que regulamentam o seguro de grandes riscos. “O texto é muito positivo”, afirmou Trindade, referindo-se à minuta de resolução do CNSP que está em consulta pública.

O presidente da Fenseg lembrou que as grande seguradoras nacionais perceberam que as margens obtidas nos seguros massificados são maiores e a maioria das companhias, principalmente aquelas ligadas a conglomerados financeiros, vendeu suas carteiras de grandes riscos ou fez parceria com seguradoras internacionais. “As multinacionais que absorveram essas carteiras operam no mundo todo e estão acostumadas com ambiente que teremos agora”, comentou.

Trindade disse ainda que, a partir da publicação das novas regras, esses grupos estrangeiros vão poder adotar no Brasil os mesmos termos já utilizados em todo o mundo. “Essa liberdade vai trazer mudanças. Muitos sentirão saudade do mundo confortável de colocar a culpa no regulador. Agora, não. As seguradoras terão a faca e a manteiga para atuar sem essa ingerência do regulador”, acrescentou.

O presidente da Fenseg projetou um cenário bastante favorável ao mercado, não apenas pelas mudanças na regulamentação, mas também pelas perspectivas que surgirão com o novo marco de saneamento, as concessões, especialmente na área gás e petróleo e os investimentos em infraestrutura. “O potencial é enorme para o mercado segurador brasileiro. Os investimentos em infraestrutura geram um caminhão de dinheiro para o seguro”, asseverou.

Nesse contexto ele apontou o seguro garantia como a carteira mais favorecida pelo novo cenário. “Essa modalidade de seguros já vem dobrando de tamanho no Brasil nos últimos anos. É um instrumento inteligente e mais barato que a fiança bancaria. Todos ganham. Vai baratear o custo dos projetos e, dessa forma, o consumidor final poderá consumir produtos mais baratos”, assegurou Trindade.


Fonte: CQCS.