Segurança no trânsito: ciclista também precisa fazer a sua parte
Seja pela saúde, praticidade ou proteção ao meio-ambiente, o uso de bicicletas como meio de transporte vem crescendo e ganhando incentivos ao redor do mundo, e o Brasil não fica de fora. Em tempos de trânsito caótico nos grandes centros e grandes campanhas contra a poluição, a bicicleta se tornou atrativa para diversos públicos, e o que parece como uma ótima saída vem se tornando também um grande perigo para os usuários.
Somente na cidade de São Paulo no ano de 2011 foram 49 ciclistas mortos e centenas de feridos, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Grande responsável por isso é ainda a falta de preparo das cidades brasileiras para o compartilhamento de vias entre ciclistas, pedestres e automóveis. Ciclovias e ciclofaixas fazem parte da solução ideal para a mobilidade urbana, mas outro ponto de grande importância que ainda não é comum em nosso país é o respeito de alguns ciclistas e motoristas.
Com a falta de vias próprias, bicicletas e carros são forçados a compartilhar o mesmo espaço, e a falta da cultura do respeito ainda é grande causadora de acidentes nessa situação. “Sabemos que o ideal são vias específicas para ciclistas, assim os perigos tornam-se menores, mas como princípio dessas alterações no trânsito ainda está aprender a respeitar o espaço do outro. Quem convive com trânsito de grandes cidades sabe como alguns carros invadem espaços de ciclistas, e estes, consequentemente, arriscam-se no lugar de veículos ou põe pedestres em risco nas calçadas”, é o que comenta o Presidente do SindsegSC, Sr. Paulo Lückmann. Para ele, o respeito e o bom senso na utilização do espaço das vias são os pontos de partida para um trânsito mais harmonioso entre todos os meios de transporte.
- São recomendações simples, que sabemos que em alguns locais não são viáveis, mas muitas vezes podem ser respeitadas e colaboram muito com a segurança. O artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro, por exemplo, determina que os automóveis mantenham uma distância de pelo menos 1,5 metros ao ultrapassar uma bicicleta; e para os ciclistas é sempre recomendável o uso de proteções e recursos de sinalização que facilitem a sua visibilidade em locais com menor claridade. Respeitar princípios como estes já é um ponto de partida para a segurança de todos – afirmou o Presidente do SindsegSC.
A situação das vias urbanas no Brasil está longe do esperado em questão de harmonia entre pedestres, veículos e bicicletas, mas com bom senso e respeito, a convivência entre todos pode funcionar, contribuindo com a diminuição do número de acidentes no trânsito brasileiro.
Este texto faz parte do programa Cultura da Convivência, idealizado pelo SindsegSC em 2013 com o objetivo de trazer dicas que estimulam o respeito e o bom senso em situações do dia a dia no trânsito das cidades. As dicas são divulgadas mensalmente no Portal SindsegSC e ficam também disponíveis no menu SindsegSC / Responsabilidade Social e Ambiental / Trânsito – Conscientização / Edição 2013.
Fonte: SindsegSC – Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização em Santa Catarina