Palestra sobre Seguros Patrimoniais
José Eduardo Teixeira Arias, da Comissão Técnica de Riscos Patrimonais da Fenaseg e diretor de Ramos Elementares da Generali dos Brasil Cia. Nacional de Seguros, iniciou sua palestra traçando um comparativo entre os maiores mercados mundiais. Os números revelam que temos muito a crescer, começando pelo fato da Europa, América do Norte e Ásia, juntas, deterem 95% do volume de negócios, enquanto que a América Latina e o Caribe participam com menos de 2%.
Em compensação, nosso país vem experimentando crescimento expressivo (33% em 2005 e perspectiva de 20% para 2006) constituindo-se no principal mercado da América Latina e Caribe, com 41% de participação. Conforme quadro 1, em 205 o mercado segurador brasileiro alcançou produção de R$ 46,2 bilhões, sendo que os seguros patrimoniais contribuíram com 10,6% de participação, apresentando um dos menores índices de sinistralidade.
Quadro 1 Valores em R$ bilhões
Grupo
Produção
Mix
Sinistralidade
Vida
18,7
44,0 %
56,4 %
Auto
12,1
28,4 %
68,9 %
Patrimonial
4,5
10,6 %
39,2 %
Demais
7,3
17,0 %
50,0 %
Total
46,2
100,0%
66,7%
Além disso, a produção deste segmento também vem crescendo no mercado brasileiro: R$ 3,6 bilhões em 2004, R$ 4,5 bilhões em 2005 (crescimento de 25%) e projeção de R$ 5,1 bilhões para 2006 (crescimento de 12%). O quadro 2 mostra a distribuição dos seguros patrimoniais no Brasil e em SC, cuja produção corresponde a apenas 2,3% da arrecadação nacional neste segmento, revelando a existência de oportunidades para crescimento:
Quadro 2 Valores em R$ milhões
Ramo
BRASIL
MIX
SC
MIX
RISCOS DIVERSOS
1.350
36%
4,0
5,0%
EMPRESARIAL
776
21%
36,0
42,0%
NOMEADOS
686
18%
15,0
17,0%
RESIDENCIAL
553
15%
23,0
27,0%
RISCOS ENGENHARIA
175
5%
2,9
3,0%
CONDOMÍNIO
97
3%
4,5
5,0%
DEMAIS
87
2%
0,6
1,0%
TOTAL
3.724
100%
86,0
100%
TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
Arias apontou como principal novidade a perspectiva concreta de abertura do mercado de resseguro que, no seu entendimento, trarão:
· O surgimento de ovos produtos
· Preços mais justos para as seguradoras (resseguro) e segurados, baseados nas características de cada cliente e na competência técnica de cada companhia
· Novas técnicas de subscrição de riscos
· Oportunidade de novos negócios
· Elevação de franquias
· Consolidação do mercado de pequenos e médios clientes
· Busca por serviços diferenciados de assistência
· Procura por grupos de Affinity
· Exigência de sistemas de segurança (prevenção/combate)
Encerrando, o palestrante destacou as principais ações que estão sendo desenvolvidas pela Comissão de Riscos Patrimoniais da Fenaseg: proposição de mudanças nas condições padronizadas pela Susep; revisão dos seguros de Riscos de Engenharia; estudos sobre as mudanças climáticas; desenvolvimento de guias de boas práticas; implantação do registro nacional de sinistros e do sistema de quantificação das fraudes (riscos patrimoniais).