MBA inicia terceira turma no Rio de Janeiro

No último dia 20, foi realizada a aula inaugural da terceira turma carioca do MBA Executivo em Seguros e Resseguro. O evento aconteceu no Espaço Cultural da Escola Nacional de Seguros, no centro do Rio de Janeiro, e contou com a presença de dirigentes da instituição, docentes, dos novos alunos, de alunos das outras turmas do curso e da graduação em Administração com Ênfase em Seguros e Previdência. A solenidade foi aberta pelo diretor de Ensino e Produtos da Escola, Nelson Le Cocq, que lembrou o sucesso obtido pela pós-graduação desde o seu lançamento, no segundo semestre do ano passado. Em seguida, a convidada especial da noite, a diretora de Assuntos Institucionais e Resseguro da CNSeg, Maria Elena Bidino, ministrou a palestra “Novos Desafios do Mercado Brasileiro de Seguros”. Sua explanação foi dividida em três assuntos: Resseguro, Microsseguro e Seguro Rural. Na primeira parte, Bidino comparou o funcionamento do mercado brasileiro de resseguro antes e após a abertura. Dentre as principais diferenças dos dois ambientes ela destacou a atuação do corretor de resseguro. “Na época do monopólio o IRB negociava diretamente com as seguradoras. Agora, com vários agentes no mercado, a figura do corretor de resseguro surge com bastante força”, ressaltou. Sobre microsseguro, a executiva lembrou que a modalidade é uma alternativa de desenvolvimento e inserção social e que hoje está na pauta da indústria de seguros em todo o mundo. “No Brasil, 80% da população recebem até dois salários mínimos, que é o público a quem o microsseguro se destina. Isso significa um mercado consumidor de cerca de 100 milhões de pessoas”. Bidino antecipou que está sendo estudada a criação de uma habilitação específica para qualificar corretores de microsseguro e que a CNSeg já tem um projeto piloto voltado aos consumidores, a ser implantado em uma comunidade da Zona Sul do Rio. “O sucesso do microsseguro no Brasil dependerá, fundamentalmente, das boas práticas adotadas pelo mercado, que irão gerar confiança nos consumidores”. A palestra foi encerrada com o tema seguro rural. Segundo a diretora da CNSeg, apesar de ser uma das bandeiras do Governo Federal, o seguro agrícola ainda apresenta números tímidos e tem grande potencial para se expandir nos próximos anos. “O produto também ainda não decolou em função das incertezas climáticas inerentes ao próprio negócio, como geadas, secas e enchentes. Além disso, no lado da demanda, o Governo ainda subsidia 50% dos investimentos na modalidade e, no da oferta, as seguradoras não oferecem muitas opções”. Um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento do seguro rural nos próximos anos, segundo a palestrante, é o Fundo de Catástrofe, criado pelo Projeto de Lei Complementar 374/08 e que aguarda aprovação no Congresso. “Esse fundo garantirá a equalização do orçamento do Governo, auxiliará as seguradoras em casos de fenômenos naturais imprevistos e, consequentemente, estimulará os produtores a fazer novas coberturas”, avaliou. O diretor executivo da Escola, Renato Campos, encerrou o evento agradecendo o apoio constante de Maria Elena Bidino, a quem se referiu como “um dos pilares da abertura do resseguro no Brasil e grande geradora de ideias para a nossa instituição”. Renato também agradeceu aos alunos pela confiança depositada no curso. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para corresponder às expectativas de vocês”, finalizou. Ao final, todos participaram do coquetel de confraternização. Fonte: Escola Nacional de Seguros